terça-feira, 25 de agosto de 2009

Um dos traços característicos do espírito romano foi o seu sentido prático e utilitário. Ele se reflete em todas as atividades e instituições da antiga Roma.
A educação romana era orientada no sentido do aperfeiçoamento do Estado. Do mesmo modo sua cultura intelectual não visou à arte mas antes e sobretudo ao direito. A cultura grega nasceu dos poemas de Homero: a cultura romana originou-se das leis das Doze Tábuas, em torno do qual se formaram a jurisprudência, a ciência jurídica, a eloquência forense e política.
A educação romana pode ser dividida em três grandes períodos:
1º ) período antigo: se estende da fundação de Roma à conquista da Grécia;
2º ) período de transição: vai da conquista da Grécia ao reinado de Adriano;
3º ) período greco-romano: do reinado de Adriano ao ano 200 d.C., em que a educação
romana se subordina à cultura grega.

Período Antigo
Nesta fase, o ideal educativo dos romanos foi a preparação de uma juventude forte, sadia e guerreira para o serviço do Estado. Daí o interesse pela educação física e militar e o desprezo pela cultura intelectual. Outro caráter da educação foi a sua feição essencialmente doméstica, devido à sólida estrutura da família romana. Em Roma há o absolutismo da família. O pater familias romano foi senhor absoluto do seu lar, com funções de rei e de sacerdote, com direito de vida e de morte sobre a esposa, filhos e escravos. Fora de casa era o cidadão, membro da República, servidor do Estado. Dentro de casa seu poder era soberano e inviolável, lhe competia o direito de educar os filhos e nessa tarefa era auxiliado pela esposa. Durante toda a vida os filhos ficavam submetidos ao pátrio poder. A liberdade de ensino era absoluta e nada se sobrepunha ao poder da família na formação das novas gerações.
Durante séculos a educação romana foi puramente doméstica. Pobre, preparava os filhos para o trabalho. Rico, ensinava aos seus descendentes a leitura, o cálculo, as leis das Doze Tábuas, que todo romano devia conhecer, além dos exercícios físicos e manejo das armas. Às vezes, eram acrescentadas noções de geografia, astronomia e de agrimensura. A educação terminava aos 16 anos, trocando então o jovem, a túnica com uma franja colorida (toga pretexta) por outra completamente branca (toga virilis).
A educação tinha um caráter religioso e moral. As crianças, diariamente participavam das orações proferidas pelo pai aos deuses ou às almas dos antepassados.
As virtudes cultivadas pelos romanos eram a simplicidade, a sobriedade e a obediência.
No final desse período começaram a aparecer escolas elementares sob direção de escravos que ministravam o ensino da leitura, escrita e das contas. Estas escolas denominavam ludi (ludus) - jogo ou brinquedo - nome que indica que a sua função era apenas suplementar.

Período de Transição
Caracterizou-se pela influência da cultura grega. A língua grega tornou-se oficial do comércio e da diplomacia e Roma passou a ser visitada por políticos, negociantes e mestres, provenientes da Grécia. Data daí a instalação das primeiras escolas em Roma, dirigidas por professores gregos e destinadas a completar a educação doméstica. Foram esses mestres que introduziram a moda dos "pedagogos" para atrair a atenção do povo para suas escolas.
Em meados do século terceiro a.C., Roma estendeu seu domínio sobre toda a península italiana e as escolas tornaram-se mais numerosas passando a exercer o papel principal na educação das novas gerações. A princípio, o programa dessas escolas era idêntico ao período antigo e mais tarde, o programa foi ampliado, enriquecido com estudos literários que consistiam na análise dos autores consagrados e em exercícios de declamação. Foram organizados cursos de dialética e retórica sob a direção dos mestres grego, inaugurando-se assim, o ensino secundário.

Terceiro Período
Iniciou-se com a conquista da Grécia de que resultou a helenização integral de Roma. Ela impôs aos seus conquistadores a sua ciência, a sua filosofia, a sua arte e a sua educação. As instituições escolares romanas se organizaram e os seus mestres eram quase todos gregos. Essa subordinação total do espírito romano à cultura grega não se processou sem protestos veementes de muitos romanos ilustres.
Em 167 a.C., foi fundada em Roma a primeira biblioteca com livros da Grécia, recolhidos pelo conquistador Paulo Emílio. E já em 100a.C., era completa a helenização do mundo latino. Nessa época, atingiu a sua plenitude o humanismo pedagógico greco-romano resultante da fusão da educação romana com a grega ou melhor, da utilização de meios educativos gregos para a consecução de ideais romanos. A influência grega fez com que o povo romano perdesse suas virtudes cívicas e familiares, pelo abandono das velhas tradições religiosas e morais. Já não existiam aquela sobriedade, simplicidade, pureza de costumes das épocas passadas.
O objetivo fundamental da educação romana, nessa época, foi a formação de oradores e magistrados. Os estudos preferidos eram a gramática, a eloquência e o direito. O sistema educativo compreendia a escola elementar ou do "ludi-magister", a escola secundária ou de gramática, a escola complementar ou de retórica e a escola superior ou Ateneu, com cursos de Direito, Medicina, Mecânica, Arquitetura e Gramática. Os métodos de ensino eram empíricos e rudimentares e a disciplina severa e cruel. Os mestres romanos usavam e abusavam da férula e do chicote.
Os romanos sempre demonstraram grande empenho pela formação das novas gerações, mas a sua educação, embora inspirada na grega, não teve como esta o sentido da totalidade, da harmonia e da perfeição. É que os romanos assimilaram a cultura helênica, mas subordinaram a mesma aos seus objetivos práticos e utilitários. Voltados para a aplicação e para a utilidade, não compreenderam jamais o ideal de uma cultura desinteressada, visando apenas à elevação da personalidade. Não tiveram, como os gregos, a vocação misteriosa da verdade e da beleza. Daí o caráter incompleto, superficial e pragmático da sua educação.
(*) é professor universitário

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A migas hoje amanha e sempre

domingo, 12 de julho de 2009



  1. I've always been the kind of girlThat hid my faceSo afraid to tell the worldWhat I've got to sayBut I have this dreamRight inside of meI'm gonna let it show it's timeTo let you knowIt's to let you knowThis is realThis is meI'm exactly where I'm supposed to be, nowGonna let the lightShine on meNow I've found who I am there's no way to hold it inNo more hidding who I wanna beThis is meDo you know what it's likeTo feel so in the darkTo dream about a lifeWhere you're the shining starEven though it seemsLike it's too far awayI have to believe in myselfIt's the only wayThis is realThis is meI'm exactly where I'm supposed to be, nowGonna let the lightShine on meNow I've found who I amThere's no way to hold it inNo more hidding who I wanna beThis is meJoe:You're the voice I hear inside my headThe reason that I'm singingI need to find you, I gotta find youYou're the missing piece I needThe song inside of meI need to find you, I gotta find youThis is realThis is meI'm exactly where I'm supposed to be, nowGonna let the light shine on meNow I've found who I amThere's no way to hold it inNo more hidding who I wanna beThis is meThis is me...you're the missing piece I needThe song inside of meThis is me...you're the voice I hear inside of meThe reason that I'm singingNow I've found who I amThere's no way to hold it inNo more hidding who I wanna beThis is me

quinta-feira, 18 de junho de 2009